Trajeto Habitual constitui uma performance que tem o propósito ser uma metáfora à vida e, consequentemente, à morte. Fala-nos, ainda, sobre a imprevisibilidade da nossa existência, “a espantosa realidade das coisas”, como refere Alberto Caeiro, em contraponto com a impermanência, ou a efemeridade das coisas. Ilustra um corpo que gira sobre si próprio, como uma criança que desconhece os seus limites e brinca despreocupada, com esse mesmo movimento. Experimenta a sensação de tontura e da consequente alteração na perceção, mas persiste. É uma forma de perceber a realidade e de se expressar emocionalmente.
Trajeto Habitual is a performance that serves as a metaphor for life and, by extension, for death. It delves into the unpredictability of our existence, highlighting what Alberto Caeiro referred to as “the astonishing reality of things” in contrast to their impermanence and ephemerality. The performance portrays a body in constant motion, reminiscent of a carefree child exploring its boundaries, all within the same fluid movement. It evokes the feeling of dizziness and the resulting shift in perception while enduring as a method for comprehending reality and conveying emotional expression. It conveys the sensation of dizziness and the consequent shift in perception, while enduring as a means of understanding reality and expressing oneself emotionally.