O Laboratório Imagem em Movimento é um espaço/tempo dedicado à criação de obras em vídeo. O propósito do programa de residência é dar oportunidade às pessoas que vivem nos Açores - sejam ou não artistas - e que se interessam pelas artes cinematográficas, de realizarem os seus projetos em vídeo, munindo-as de conteúdos e referências e apoiando-as no desenvolvimento e concretização dos seus trabalhos. Entre encontros teóricos e práticos, estimula-se a reflexão sobre a imagem em movimento como expressão artística transversal a todas as práticas, cruzando linguagens do cinema experimental, das artes visuais, da performance, da fotografia, da literatura e dos meios digitais.
Nesta edição do Laboratório Imagem em Movimento, a realizadora Catarina Mourão foi responsável pela componente teórica e o artista André Laranjinha pelo acompanhamento prático. Durante o verão açoriano, em encontros semanais e num processo colaborativo entre os participantes, Ana Luísa Cabral, o coletivo Atelineiras, Catarina Fernandes, Maria Emanuel Albergaria, Maria João Sousa, Sandra Medeiros e Willian da Fonseca, propuseram ideias, criaram guiões, captaram imagens e sons e aventuraram-se por ilhas de edição, para contarem as suas histórias. Sem fazer spoiler, para que as imagens e narrativas surpreendam…
Ana Cabral inventaria uma herança emocional em busca do passado que nunca viveu;
As Atelineiras - Bia, Carol, Inês e Xico, criaram um herbário de plantas da paisagem açoriana para confrontar e criticar as categorias dessa mesma flora;
Catarina Fernandes oferece-nos um gesto de amor;
Maria Emanuel Albergaria filma cenas que a seduzem e envolvem, numa reflexão sobre a importância de cultivar e cuidar;
Maria João Sousa dá-nos a ver o invisível;
Sandra Medeiros reflete sobre a parte que preferimos não reconhecer em nós próprios;
Willian Fonseca evoca suas origens para falar da condição de imigrante.
Autobiográficas ou ficcionais, estas obras têm no território açoriano um denominador comum.
The Moving Image Laboratory is a space/time dedicated to the creation of video works. The purpose of the residency program is to provide opportunities for people living in the Azores—whether they are artists or not —who have an interest in the cinematic arts, to realize their video projects by equipping them with content and references, and supporting them in the development and realization of their work. The reflection on the moving image is stimulated through theoretical and practical meetings, which establish the moving image as an artistic expression that bridges all practices, blending languages from experimental cinema, visual arts, performance, photography, literature, and digital media.
In this edition of the Moving Image Laboratory, director Catarina Mourão was responsible for the theoretical component, while artist André Laranjinha provided technical support. During the Azorean summer, in weekly meetings, the participants — Ana Luísa Cabral, the Atelineiras collective, Catarina Fernandes, Maria Emanuel Albergaria, Maria João Sousa, Sandra Medeiros, and Willian da Fonseca — proposed ideas, created scripts, captured images and sounds, and ventured into editing islands, each telling their own story. Trying to avoid spoilers, so that the images and narratives create a surprise…
Ana Cabral invents an emotional inheritance in search of a past that she never lived;
The Atelineiras - Bia, Carol, Inês and Xico, created an herbarium of autochthonous plants of the Azorean landscape to confront and question the notions of diversity in this flora;
Catarina Fernandes offers us a gesture of love;
Maria Emanuel Albergaria films seducing and compelling scenes that led her to a reflection on the importance of growing and caring;
Maria João Sousa makes the invisible visible;
Sandra Medeiros reflects on the traits we have and do not want to acknowledge;
Willian Fonseca evokes his origins to address the situation of migrants.
Autobiographical or fictional, they trace a common denominator between the Azorean islands and cultures.