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Curadoria
André Laranjinha e Rachel Korman
25 outubro
às 18h00
Local
Laboratório Imagem em Movimento

O Laboratório Imagem em Movimento é um espaço/tempo dedicado à criação de obras em vídeo. O propósito do programa de residência é dar oportunidade às pessoas que vivem nos Açores - sejam ou não artistas - com interesse nas artes cinematográficas, de realizarem os seus projetos em vídeo, munindo-as de conteúdos e referências e apoiando-as no desenvolvimento e concretização dos seus trabalhos. Entre encontros teóricos e práticos, estimula-se a reflexão sobre a imagem em movimento como expressão artística transversal a todas as práticas, cruzando linguagens do cinema experimental, das artes visuais, da performance, da fotografia, da literatura e dos meios digitais.

 A 6ª edição do Laboratório Imagem em Movimento contou com a realizadora Cláudia Varejão na orientação teórica e o artista André Laranjinha no acompanhamento prático. Durante o verão açoriano, em encontros semanais e num processo colaborativo entre as participantes, Dryelle Andrade, Kateryna Kondratieva, Luisa Borges, Margarida Benevides, Maria Jorge Martins, Melrose, Rafaella Antunes e Rita Bolieiro propuseram ideias, criaram guiões, captaram imagens e sons e aventuraram-se por programas de edição, para contarem as suas histórias. 

A ilha e a natureza que nela habita atravessam quase todas as obras. Estão no filme da Maria Jorge Martins, uma reflexão para além da matéria criada por uma erupção; surgem como lugar de culto na visão de Rita Bolieiro; revelam-se nos pequenos gestos do cotidiano no vídeo de Raffaela Antunes; ou ainda nas plantas ‘invasoras’, metáfora com que Kateryna Kondratieva dá voz às mulheres ucranianas refugiadas da guerra em São Miguel. Dryelle Andrade tece uma ode ao tempo, fazendo do envelhecimento e da ancestralidade gestos de resistência, enquanto Margarida Benevides busca, através dele, criar a imagem da mãe que não conheceu. Já Luísa Borges expõe o desconforto emocional aprisionado na mente de uma pessoa, que Melrose liberta numa obra ficcional sobre a história de uma vampira coquette e uma bruxa misteriosa. Autobiográficas ou ficcionais, todas estas obras encontram no território açoriano o seu denominador comum.

Os vídeos são apresentados na presença de seus criadores, na Black Box do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, espaço e equipa fundamentais para a realização do programa de residências do FUSO INSULAR. Também a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, com a dedicação da sua equipa, foi decisiva para a concretização do Laboratório Imagem em Movimento, acolhendo os encontros semanais das participantes ao longo dos meses de residência.

Em seis edições do Laboratório Imagem em Movimento já foram criados 45 filmes, constituindo uma importante representação da videoarte na Região Autónoma dos Açores.

foto ©Hugo Moreira ACAC
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Curator
André Laranjinha e Rachel Korman
25 october
at 18h00
Location
Moving Image Laboratory

The Moving Image Laboratory is a space/time dedicated to the creation of video works. The purpose of the residency program is to provide opportunities for people living in the Azores—whether they are artists or not —who have an interest in the cinematic arts, to realize their video projects by equipping them with content and references, and supporting them in the development and realization of their work. The reflection on the moving image is stimulated through theoretical and practical meetings, which establish the moving image as an artistic expression that bridges all practices, blending languages from experimental cinema, visual arts, performance, photography, literature, and digital media.

In this edition of the Moving Image Laboratory, director Cláudia Varejão was responsible for the theoretical component, while artist André Laranjinha provided technical support. During the Azorean summer, in weekly gatherings and through a collaborative process among the participants, Dryelle Andrade, Kateryna Kondratieva, Luisa Borges, Margarida Benevides, Maria Jorge Martins, Melrose, Rafaella Antunes and Rita Bolieiro proposed ideas, created scripts, captured images and sounds, and ventured into editing programs, each telling their own story.

The island, and the nature that inhabits it, permeate almost every work. They appear in Maria Jorge Martins’s film, a reflection that reaches beyond the matter born of an eruption; emerge as a place of worship in the vision of Rita Bolieiro; reveal themselves in the small gestures of everyday life in Raffaela Antunes’s video; or in the ‘invasive’ plants, a metaphor through which Kateryna Kondratieva gives voice to Ukrainian women refugees of war living in São Miguel. Dryelle Andrade weaves an ode to time, turning aging and ancestry into gestures of resistance, while Margarida Benevides seeks, through it, to create the image of the mother she never knew. Luísa Borges, in turn, exposes the emotional unrest imprisoned in the mind, which Melrose releases in a fictional work about the story of a coquettish vampire and a mysterious witch. Autobiographical or fictional, all these works find in the Azorean territory their common ground.

The videos are presented in the presence of their creators at the Black Box of Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, a space and a team that have been fundamental to the realization of the FUSO INSULAR residency program. The Public Library and Regional Archive of Ponta Delgada, through the dedication of its team, was also decisive in the implementation of the Moving Image Laboratory, hosting the participants’ weekly gatherings throughout the months of residency.

Over six editions of the Moving Image Laboratory, 45 films have been created, constituting an important representation of video art in the Autonomous Region of the Azores.

ph ©Hugo Moreira ACAC
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