© ro heinrich
Nos tempos urgentes e imprevisíveis que habitamos, o líder indígena, ambientalista e poeta brasileiro Ailton Krenak propõe uma recusa em considerar o apocalipse. Outros futuros são possíveis, insiste, se deslocarmos radicalmente o nosso compromisso das ontologias coloniais. Nessas lógicas, as categorias são centralizadas, e expressões ecológicas, mundos e corpos são separados e mantidos à distância. Mas — e se a existência, o pensamento e a perceção forem, desde sempre, relação?
Em diálogo com várias interlocutoras, incluindo Erin Manning, que participa neste capítulo, o filme explora modos de existência que germinam no ser da relação, centrando-se não na articulação de um centro, mas nas margens trémulas e intermitentes da emergência, da diferença, do corte, da desfocagem, do toque e da transformação.
The Being of Relation é um capítulo em processo, parte de um projeto cinematográfico mais amplo. O título remete para a nova publicação de Erin Manning, The Being of Relation, editada pela Intellect Books em setembro de 2025.
© ro heinrich
Within our present times of urgent, un-thought of change, Brazilian Indigenous leader, environmentalist and poet Ailton Krenak instantiates a refusal to consider apocalypse. Other futures are possible, he insists, if we radically shift our commitment away from colonial ontologies. In these colonial logics categories are centred. Ecological expressions, worlds, bodies, are separated and held apart. But what if existence, thought, perception is relation, all the way down?
Together with interlocutors, including Erin Manning who features in this chapter, the film explores modes of existence growing in the being of relation, foregrounding not the articulation of a centre, but the trembling, flickering edges of emergence, difference, cut, blur, touch and transformation.
The Being of Relation is a work-in-process chapter towards a larger film project. The title draws on Erin’s new publication The Being of Relation, published with Intellect Books in September 2025.