Abdessamad El Montassir
O trabalho de Abdessamad El Montassir cruza a arte com a investigação. Vive e trabalha entre a França e Marrocos e, presentemente, desenvolve investigação num programa de pós-doutoramento na Villa Medici – French Academy in Rome.
Abdessamad El Montassir é um recolector de histórias enraizadas nas vastas paisagens do Sáara: para ele, este local não é um mero cenário, mas sim um organismo vivo. Assume o papel de interlocutor da memória e do testemunho.
A sua prática artística debruça-se sobre algo que nos escapa. Ele dá forma ao silêncio e textura ao mutismo. El Montassir é um historiador sem arquivos, um argonauta em paisagens monumentais, um farejador de territórios.
O seu trabalho evoca uma antologia de poemas, ou uma novela científica que funciona como um elo de transmissão sonoro. Em paralelo ele salienta a capacidade das plantas e de elementos não-humanos de actuarem sobre o lugar, sendo capazes de o transformar e influenciar.
Ana Cabral
Ana Cabral, natural de São Miguel, Açores, é licenciada e mestre em Engenharia Química pela Universidade do Porto. Paralelamente à sua área de formação, participou como atriz no filme Lobo e Cão de Cláudia Varejão.
Armando Lulaj
Armando Lulaj é artista visual, escritor, e realizador. A sua investigação consiste em acentuar o alcance do poder económico, da democracia ficcional, e da disparidade social num contexto global. Em 2003 fundou com outros artistas o DebatikCenter of Contemporary Art em Tirana. O seu trabalho foi exibido em: Prague Biennale (2003, 2007) Prague, 52a Venice Biennale (2007), 60ª Berlin Biennale (2010), 63ª Berlinale (2013), e no Teatro Nacional de Tirana (2013).
60ª Berlin Biennale (2010), Representou a Albania na 56ª Venice Biennale (2015). Foi objecto de exposições individuais em: Zone of Contemporary Art da Academy of Art em Szczecin (2024) e na ZETA Contemporary Art Center, ambas em Tirana (2024). O seu livro “The book Broken Narrative: The Politics of Contemporary Art in Albania”, escrito por Lulaj e Marco Mazzi, foi publicado em 2022 pela punctum books
Atelineiras
Atelineiras é um coletivo transdisciplinar formado em 2020, em São Miguel, Açores, constituído por Beatriz Toste, Carolina Amado, Inês Falcão e Xico Xico.
Através desta estrutura coletiva, procuram influenciar a estrutura artística através da sua perspetiva própria de coletividade, a aproximação de públicos e a experimentação livre de técnicas artísticas que acompanham o progresso de cada uma das integrantes. A criação de eventos, performances, workshops, exposições, e colaborações com outres artistas, coletivos e associações, consolidaram o objetivo do coletivo no espaço: intervir e tremer o panorama cultural açoriano. O seu trabalho mantém não só a base do desenvolvimento da individualidade no objetivo de se chegar a uma coletividade sustentável e progressiva, questionando cada vez mais o que está ao seu redor, mas também o sentimento insular que acompanha e sustenta tudo o que fazem.
Bani Khoshnoudi
Bani Khoshnoudi nasceu em Teerão, mas cresceu nos Estados Unidos. Estudou arquitectura, fotografia e cinema na Universidade do Texas em Austin, e, mais tarde, no Whitney Museum’s Independent Study Program.
Os seus filmes, instalações e fotografia são regularmente exibidos em festivais, museus e centros de arte em todo o mundo, incluindo o Centre Pompidou e a Fondation Cartier, ambos em França, o ICA em Londres, e a Fundação de Serralves no Porto, entre muitos outros. Em 2022, a artista foi distinguida com o The Herb Alpert Award in the Arts, na categoria Cinema/Vídeo. Em 2024 participou na 60ª Bienal de Veneza, intitulada Stranieri Ovunque (Foreigners Everywhere), com um trabalho integrado na instalação Disobedience Archive, que ocupou a nave central do Arsenal.
Camille Henrot
Nascida em Paris, onde vive e trabalha (n. 1978), é reconhecida sobretudo pelos seus vídeos e filmes de animação que combinam desenho artístico, música e, ocasionalmente, imagens em película riscada ou manipulada. A sua obra esbate as categorias tradicionalmente hierárquicas da História da Arte. O seu trabalho mais recente, desenvolvido em suportes tão diversos como escultura, desenho, fotografia e, sempre, o cinema, reflete sobre a fascinação pelo “outro” e pelo “alhures” — tanto em termos geográficos como sexuais. Este fascínio emana de mitos modernos populares que a inspiram. Os seus objetos impuros e híbridos lançam dúvidas sobre a linearidade e a transcrição compartimentada da História Ocidental, frisando as apropriações e áreas cinzentas das suas narrativas. Em França, o seu trabalho foi exibido nas mais importantes instituições, tais como: Centre Pompidou, Musée d’Art Moderne de Paris, Palais de Tokyo, Espace Paul Ricard, Jeu de Paume, Fondation Cartier, Espace Louis Vuitton, Fondation Maeght, Les Collections de Saint-Cyprien, Musée des Beaux-Arts de Bordeaux e CRAC Alsace,todas em França. No estrangeiro a sua obra foi apresentada em: Sungkok Art Museum in Seoul, Palais des Beaux-Arts / BOZAR Bruxelles, Center for Contemporary Images em Genebra, Hara Museum em Tóquio e Centro Cultural Center Oi Futuro no Rio de Janeiro. Camille Henrot recebeu o Silver Lion no 55º Festival Internacional de Cinema de Veneza em 2013, com o Nam June Paik Award em 2014, e com o Edvard Munch Art Award em 2015.
Catarina Fernandes
Catarina Fernandes é natural de São Miguel, tem 36 anos. Artista transdisciplinar, licenciada em Belas-Artes e em Animação Socioeducativa. Tropeça nas artes performativas em 2008, e em 2011 no canto e na composição. Em 2012 emigrou para França. Em 2017 utiliza a videoprojeção pela primeira vez, mas é em 2022 que se apaixona pela filmagem, realização e montagem. Explora a permeabilidade das diferentes expressões artísticas e vê a intimidade e a intuição como fontes de inspiração. A premissa feminista “o pessoal é político” é seu guia.
Catarina Nogueira
Catarina Nogueira completou o primeiro ano do curso de imagem em movimento no Ar.Co. A sua prática artística e ensaística propõe uma experiência contemplativa e transcendental.
Doplgenger
Doplgenger é o nome de uma dupla de artistas de Belgrado, Isidora Ilić e Boško Prostran. O trabalho que desenvolvem enquanto Doplgenger aborda a relação entre arte e política, explorando os temas da imagem em movimento e as formas da sua percepção. O duo baseia-se nas tradições dos filmes experimentais e de avant-garde, e também do cinema expandido, tirando partido de algumas características destes modelos tradicionais para intervir na linguagem mediática existente.Para além do trabalho com imagem em movimento, também realizam instalações, performance, escrita, palestras e debates. O trabalho da dupla foi exibido em: Videobrasil Biennial, São Paulo; Festival International des Cinémas Différents et Expérimentaux ,em Paris, EXiS – Experimental Film and Video Festival, em Seoul, European Media Art Festival, em Osnabrück entre outros.
Enar de Dios Rodríguez
Enar de Dios Rodríguez é uma artista visual interessada em evidenciar as intersecções entre aspetos económicos, sociopolíticos, históricos e ambientais. Utilizando uma ampla variedade de meios — como vídeo, fotografia e instalação —, os seus projetos recentes centram-se em atos de territorialização, explorando as suas origens, repercussões e as tecnologias de controlo necessárias à sua implementação. A sua prática artística assenta na investigação, com uma abordagem interdisciplinar em que a seleção de materiais visuais e textuais existentes serve de ponto de partida para uma exploração do poético e da sua aplicabilidade política. Compreendendo a arte como uma forma afetiva de produção de conhecimento, e inspirada por perspetivas feministas, pós-humanistas e decoloniais, os seus projetos visam, em última instância, sabotar criativamente o futuro imposto.
Igor Bošnjak
Igor Bošnjak vive e trabalha em Trebinje (Bósnia e Herzegovina). É artista visual e cineasta. Dedica-se à investigação interdiciplinar nos campos da história, das migrações, da vigilância, e da relação imagem / tempo enquanto referências-chave para o entendimento da sociedade contemporânea. Trabalha sobretudo nos campos dos media na arte contemporânea: imagem em movimento, vídeo, filmes de arte, animação em 3D, instalação e fotografia.
O seu trabalho foi apresentado em: Whitechapel Gallery, Londres; Kunsthalle Wien, Viena; Istanbul Museum of Modern Art, Istambul; Chelsea College of Arts, Londres; National Center for Contemporary Art e Moscow Museum of Modern Art, Moscovo, entre outras instituições Os seus filmes e vídeos foram exibidos em: Haus der Kulturen der Welt, Berlim; School of the Art Institute of Chicago, Chicago; Neuer Berliner Kunstverein (n.b.k.), Berlim; Ballroom Marfa, Texas e Galleria d’Arte Moderna e Contemporanea di Bergamo, Bergamo, entre outras.
Igor Simić
Igor Simić é um artista servo-americano. Completou os seus estudos na Columbia University em Nova Iorque. É co-fundador e director criativo do Demagog Studio em Belgrado, que produz videojogos com um foco eco-crítico. Em 2022 participou na Manifesta 14. O videojogo The Cub integrou a selecção oficial da secção gaming do Tribeca Film Festival. As suas curtas-metragens e vídeos foram apresentados em: Alternative Film Video, em Belgrado; Edinburgh International Film Festival, Edimburgo; School of the Art Institute of Chicago, entre outros. Simić é representado pela Galeria Anita Beckers em Frankfurt.
Ilias El Faris
Nascido em 1990 em Agadir, Ilias El Faris estudou realização na Paris VIII. Filmou a sua primeira curta-metragem em Super 8, Azayz, que foi galardoada com o Prémio do Júri do Doclisboa 2016. Em 2017 rodou Roujoula em Casablanca, a cidade que o viu crescer. O filme foi selecionado para a competição internacional do Festival de Cinema de Clermont-Ferrand, e foi galardoado com o Grand Prix do Festival Internacional de Montpellier. Também recebeu o Prémio do Júri na categoria Guião (Cinemed), Cinema do Mediterrâneo, e os Jury and Screenplay Awards do Tangier National Festival.
Em 2018 o realizador participou na Locarno Filmmakers Academy. Em 2019 El Faris rodou em 16mm, na praia de Casablanca, o filme Sukar, que entrou em circulação em festivais e foi contemplado com dez prémios, entre estes o Prémio do Júri & France TV Prize no Festival de Cinema dos Champs Elysées. Recebeu também o Prémio Cervantes em Roma, e o Grande Prémio do Festival Dakar Court. Faz direcção de fotografia. Está neste momento a desenvolver a sua primeira longa-metragem.
Isabel Medeiros
Isabel Medeiros (Ponta Delgada, 1998) desenvolve uma prática artística multidisciplinar que transita entre a performance, o vídeo, a escultura, a instalação e a fotografia, refletindo sobre a memória, a comunicação e a presença do corpo no espaço. É mestre em Estética e Estudos Artísticos – especialização em Cinema e Fotografia (NOVA FCSH, 2023) e licenciada em Arte Multimédia – Instalação e Performance (FBAUL, 2019), com passagem pela Art Academy of Szczecin, na Polónia. Foi uma das vencedoras da primeira edição do Prémio Nova Vaga, tendo integrado a exposição Corpos Magmáticos (2024), na vaga – espaço de arte e conhecimento. O seu trabalho foi também apresentado no Museu Carlos Machado (Do tempo e das nuvens, 2024) e na Biblioteca Pública da Horta (Memórias do Vulcão, 2023), entre outros contextos. As suas peças recorrem a materiais como vidro, fungos, basalto ou gelo, num cruzamento entre arquivo e transformação. Vive entre Ponta Delgada e Lisboa, mantendo uma prática sensível à impermanência, ao gesto poético e à contaminação entre tempos e matérias.
Jane Jin Kaisen
Jane Jin Kaisen (n. 1980, Ilha de Jeju, Coreia do Sul) é artista visual, cineasta e investigadora baseada em Copenhaga. A sua prática abrange vídeo, instalação, performance e texto, combinando pesquisa interdisciplinar com uma abordagem poética e feminista. O seu trabalho lida com temas como memória, migração, espiritualidade, insularidade e reinterpretação de mitos, explorando a intersecção entre experiências vividas e histórias políticas. Representou a Coreia na 58.ª Bienal de Veneza com a obra Community of Parting (2019), e tem apresentado exposições individuais em instituições como Kunsthal Charlottenborg (Copenhaga), Art Sonje Center (Seul), e The Image Centre (Toronto). Doutorada em investigação artística, estudou na Royal Danish Academy of Fine Arts, na UCLA e no Whitney Independent Study Program.
Laurent Grasso
Nasceu em França, em Mulhouse, em 1972. Vive e trabalha entre Paris e Nova-Iorque.Trabalhando na interseção de temporalidades, geografias e realidades heterogéneas, a obra de Laurent Grasso — filmes, escultura, pintura e fotografia — imerge o espectador num mundo inquietante de incerteza. O artista cria atmosferas misteriosas que desafiam os limites do que percebemos e conhecemos.O anacronismo e a hibridez desempenham um papel na sua estratégia que envolve difratar a realidade para a recompor segundo as suas próprias regras. Fascinado pela maneira como diferentes formas de poder podem afetar a consciência humana, Grasso tenta apreender, revelar e materializar o invisível — desde medos coletivos até questões políticas, passando por fenómenos eletromagnéticos ou paranormais. A sua obra revela o que está além da percepção comum e oferece-nos uma nova perspectiva sobre a história e a realidade.
Lynn Hershman Leeson
Lynn Hershman Leeson tem vindo, desde os anos 60, a trabalhar prolificamente com uma ampla gama de media para expor e intervir nas infraestruturas tecnológicas dos nossos entornos sociais. Trabalha em escultura, filme, vídeo, instalação, performance, desenho, pintura e arte digital, bem como na experimentação com tecnologias interativas tais como o CCTV e interfaces online.
Hershman Leeson converte os conteúdos e a formatação dos meios de comunicação de massa para investigar questões de identidade e da vigilância, e estudar o papel das subculturas que utilizam o medium para resistir à censura e à opressão política, frequentemente com uma atitude provocatória.
A artista está desde o início da sua carreira na vanguarda da experimentação artística com tecnologias, entre as quais se contam a introdução da função touch screen nos anos 1980, o reconhecimento de voz desde o início do ano 2000 e, ao longo da primeira década deste século, a biotecnologia.
Maria Emanuel Albergaria
Maria Emanuel Albergaria, 1962, Ponta Delgada. Estudou artes, antropologia social e ciências da educação. Foi professora do Ensino Básico (1989- 2006). Colaborou no programa televisivo Ícaro e na Rua Sésamo (1990-91). Realizou “O Rapto dos Gêmeos das Cavernas” (1º Prémio Festival Nacional de Vídeo Escolar, 1997). Coordenadora do S. Educativo do Museu Carlos Machado, (2006- 11). Realizou a instalação “Uma Casa na Floresta” Ponta Delgada (2011). Integrou o SE do MUNHAC - Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa (2011-13); Coordenou a equipa, Património Cultural Imaterial, no Museu Carlos Machado, desenvolvendo projetos arte-comunidade: “Caminhos do Chá”, “Sete Cidades - Para Além da Paisagem” e “Para que o Céu Não Nos Caia em Cima da Cabeça” (2013-18); Coautora das obras: “Laudalino da Ponte Pacheco, o fotógrafo da Maia” (2021) e “Chá nos Açores, uma tarde na Gorreana”, 2023, Araucária edições. Cocuradora da exposição Laudalino da Ponte Pacheco, o fotógrafo que estava lá, MCM, 2024; Integra a equipa técnica do Plano Nacional das Artes, desde 2019.
Maria João Sousa
Maria João Sousa é cineasta natural do Porto e vive atualmente em São Miguel, nos Açores. Licenciou-se em Psicologia e mais tarde em Cinema pela Escuela Septima Ars em Madrid (2011). Utiliza a psicologia aliada ao cinema, motivada pelo comportamento e pelos contextos psicossociais, assume a necessidade de observar, informar e partilhar sensações que levam a uma intervenção através da arte. Fundadora e Diretora Artística dos Projetos da Associação Cultural - Símbolo Simbólico.
Paz Corona
Artista e Psicoanalista, Paz Corona é membro da École de la Cause Freudienne e da World Association of Psychoanalysis. Trabalha com diversos formatos, nomeadamente, pintura, fotografia, escultura e filme. Em 2015 apresentou Face to Face na Alliance Française em Deli, e na Harrington Street Arts Centre em Calcutá, Índia. Participou na exposição coletiva Le temps de l’audace et de l’engagement, apresentada no IAC em Villeurbanne e em Sèvres Outdoor no Jardin de la manufacture em Sèvres em 2016, ambas em França. Em 2017 foi objecto de uma exposição individual na galeria Les filles du calvaire, e em 2019, apresentou vários filmes numa exposição individual no Invisible Dog Art Center, em Brooklyn. Em 2021 o seu filme Santiago 1973-2019 foi contemplado com o Prémio Especial do Júri no International Short Film Festival de Clermont-Ferrand, França. E, nesse mesmo ano, o seu filme Atacama foi exibido na La Quinzaine de la Vidéo na Galerie Imane Farès, em Paris. O seu trabalho tem vindo a ser apresentado em várias feiras de arte internacionais.
Ricardo Grelha
Ricardo Grelha nasceu em 1995, na cidade de Faro. Licenciou-se em História na NOVA FCSH e, não querendo seguir o percurso académico,decidiu mudar de caminho e seguir a sua paixão pelo cinema. Terminou, no final último do ano lectivo, o curso de Cinema/Imagem em Movimento no Ar.Co, em Lisboa.
Sandra Medeiros
Sandra Medeiros, nascida em 1996, é natural da ilha de São Miguel, Açores, tendo como formação o curso Científico Humanístico de Artes Visuais. Entre 2014 e 2023, foi distinguida com menções honrosas, integrou em vários projetos, exposições coletivas e reportagens gráficas, intituladas de “As Viagens da Vida”, “Fragilidade”, “O Belo”, “Poesia Maldita”, “Senhor Santo Cristo dos Milagres - Desenhos da Festa”. Atualmente, continua a partilhar o seu quotidiano através da fotografia.
Soya the Cow
Soya the Cow é uma criatura drag feminista, vegana e sex-positive que dança, canta e levanta a voz pela libertação de todos os seres — humanos e não humanos. Quebrando os binarismos de género e espécie, Soya nasceu para inspirar e desafiar o status quo. Luta pelos animais e por todas as vozes silenciadas, enfrentando sistemas tóxicos de opressão com amor, liberdade e uma exigência de justiça climática.
Soya é o alter ego de Daniel Hellmann, artista suíço cuja prática interdisciplinar transita entre a performance, a música, o ativismo e a ecologia queer. Através de Soya the Cow, Hellmann desenvolveu um corpo de trabalho multifacetado que aborda criticamente o veganismo, o especismo e o feminismo, esbatendo as fronteiras entre arte e ativismo, utopia e paródia.
Desde a sua estreia na Marcha pelos Direitos dos Animais, em frente à mítica Volksbühne de Berlim, em 2018, Soya tem-se apresentado em múltiplos contextos artísticos: desde a peça de teatro Dear Human Animals (2020) e o álbum de eletro-pop Purple Grass (2021), a programas televisivos como The Voice of Germany (2021), ao projeto expositivo Planet Moo (2022), ou em performances contínuas nas redes sociais.
Vladislav Knežević
Vladislav Knežević é artista e realizador. Iniciando-se na experimentação audiovisual, cria obras que integram vídeo, fotografia digital, micro-animação, técnicas estereoscópicas 3D, bem como sons gerados electronicamente que têm o objetivo de gerar novas experiências de fruição de filmes e vídeos. Os seus interesses estão focados em conceitos relacionados com categorias marginalizadas da realidade, a percepção de novas imagens digitais, estéticas digitais, construções utilitárias-fantásticas e os efeitos da investigação tecno-científica na experiência humana. Tem vindo a dedicar-se, desde 1988, ao cinema experimental e artístico. O seu trabalho foi apresentado em mais de 200 festivais e exposições, na Europa, Austrália, Japão e Brasil.
Willian da Fonseca Júnior
Willian da Fonseca Júnior, nascido e criado em Volta Redonda, interior do estado do Rio de Janeiro. Formado em educação física pela universidade UniFoa (Brasil), poeta, órfão de pais ainda jovem, se mudou para Lisboa em 2019, onde trabalhou em diversos lugares e em diferentes profissões. Atualmente reside em São Miguel no arquipélago dos Açores e dá aula de futebol para crianças em um centro desportivo em Rabo de Peixe.
Zé Castanheiro
Zé Castanheiro (Barrosa, 2003) tem uma prática artística multidisciplinar, quer na área da imagem quer do som. Formado como Técnico Audiovisual, após um ano a trabalhar nesta área muda-se para Berlim, onde aprimora o seu gosto pela música eletrónica e pela organização de eventos, a área na qual trabalha atualmente. Em Setembro de 2024 ingressa no ARCO e dá continuidade à sua formação em Cinema.