Abdessamad El Montassir

O trabalho de Abdessamad El Montassir cruza a arte com a investigação. Vive e trabalha entre a França e Marrocos e, presentemente, desenvolve investigação num programa de pós-doutoramento na Villa Medici – French Academy in Rome. 
Abdessamad El Montassir é um recoletor de histórias enraizadas nas vastas paisagens do Saara: para ele, este local não é um mero cenário, mas sim um organismo vivo. Assume o papel de interlocutor da memória e do testemunho.
A sua prática artística debruça-se sobre algo que nos escapa. Ele dá forma ao silêncio e textura ao mutismo. El Montassir é um historiador sem arquivos, um argonauta em paisagens monumentais, um farejador de territórios.
O seu trabalho evoca uma antologia de poemas, ou uma novela científica que funciona como um elo de transmissão sonoro. Em paralelo ele salienta a capacidade das plantas e de elementos não-humanos atuarem sobre o lugar, sendo capazes de o transformar e influenciar.

Alexandre Lyra Leite

Alexandre Lyra Leite nasceu em Lisboa, em 1971. É encenador, realizador e produtor. Estudou Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC). É Diretor artístico da companhia Inestética desde 1991. Foi docente no Curso Superior de Produção Multimédia Interactiva no Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos (IPA) e na Escola de Tecnologias, Inovação e Criação (ETIC), bem como em cursos de Realização e Animação 2D/3D. Realizou spots publicitários, videoclipes e vídeos experimentais. Apresentou recentemente a vídeo-instalação “She’s Lost Control” no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira.

Ana Cabral

Ana Cabral, natural de São Miguel, Açores, é licenciada e mestre em Engenharia Química pela Universidade do Porto. Paralelamente à sua área de formação, participou como atriz no filme Lobo e Cão de Cláudia Varejão.

Armando Lulaj

Armando Lulaj é artista visual, escritor e realizador. A sua investigação consiste em acentuar o alcance do poder económico, da democracia ficcional e da disparidade social num contexto global. Em 2003 fundou com outros artistas o DebatikCenter of Contemporary Art em Tirana. O seu trabalho foi exibido em: Prague Biennale (2003, 2007) Praga, 52a Venice Biennale (2007), 60ª Berlin Biennale (2010), 63ª Berlinale (2013), e no Teatro Nacional de Tirana (2013). 
Representou a Albania na 56ª Venice Biennale (2015). Foi objeto de exposições individuais em: Zone of Contemporary Art da Academy of Art em Szczecin (2024) e na  ZETA Contemporary Art Center, ambas em Tirana (2024). O seu livro “The book Broken Narrative: The Politics of Contemporary Art in Albania”, escrito com Lulaj e Marco Mazzi, foi publicado em 2022 pela punctum books

Atelineiras

Atelineiras é um coletivo transdisciplinar formado em 2020, em São Miguel, Açores, constituído por Beatriz Toste, Carolina Amado, Inês Falcão e Xico Xico.  
Através desta estrutura coletiva, procuram influenciar a estrutura artística através da sua perspetiva própria de coletividade, a aproximação de públicos e a experimentação livre de técnicas artísticas que acompanham o progresso de cada uma das integrantes. A criação de eventos, performances, workshops, exposições, e colaborações com outres artistas, coletivos e associações, consolidaram o objetivo do coletivo no espaço: intervir e tremer o panorama cultural açoriano. O seu trabalho mantém não só a base do desenvolvimento da individualidade no objetivo de se chegar a uma coletividade sustentável e progressiva, questionando cada vez mais o que está ao seu redor, mas também o sentimento insular que acompanha e sustenta tudo o que fazem.

Bani Khoshnoudi

Bani Khoshnoudi nasceu em Teerão, mas cresceu nos Estados Unidos. Estudou arquitetura, fotografia e cinema na Universidade do Texas em Austin, e, mais tarde, no Whitney Museum’s Independent Study Program.
Os seus filmes, instalações e fotografia são regularmente exibidos em festivais, museus e centros de arte em todo o mundo, incluindo o Centre Pompidou e a Fondation Cartier, ambos em França, o ICA em Londres, e a Fundação de Serralves no Porto, entre muitos outros. Em 2022, a artista foi distinguida com o The Herb Alpert Award in the Arts, na categoria Cinema/Vídeo. Em 2024 participou na 60ª Bienal de Veneza, intitulada Stranieri Ovunque (Foreigners Everywhere), com um trabalho integrado na instalação Disobedience Archive, que ocupou a nave central do Arsenal.

Camille Henrot

Nascida em Paris, onde vive e trabalha (n. 1978), é reconhecida sobretudo pelos seus vídeos e filmes de animação que combinam desenho artístico, música e, ocasionalmente, imagens em película riscada ou manipulada. A sua obra esbate as categorias tradicionalmente hierárquicas da História da Arte. O seu trabalho mais recente, desenvolvido em suportes tão diversos como escultura, desenho, fotografia e, sempre, o cinema, reflete sobre a fascinação pelo “outro” e pelo “alhures” — tanto em termos geográficos como sexuais. Este fascínio emana de mitos modernos populares que a inspiram. Os seus objetos impuros e híbridos lançam dúvidas sobre a linearidade e a transcrição compartimentada da História Ocidental, frisando as apropriações e áreas cinzentas das suas narrativas. Em França, o seu trabalho foi exibido nas mais importantes instituições, tais como: Centre Pompidou, Musée d’Art Moderne de Paris, Palais de Tokyo, Espace Paul Ricard, Jeu de Paume, Fondation Cartier, Espace Louis Vuitton, Fondation Maeght, Les Collections de Saint-Cyprien,  Musée des Beaux-Arts de Bordeaux e CRAC Alsace. No estrangeiro a sua obra foi apresentada em: Sungkok Art Museum em Seul, Palais des Beaux-Arts / BOZAR em Bruxelas, Center for Contemporary Images em Genebra, Hara Museum em Tóquio e Centro Cultural Oi Futuro no Rio de Janeiro. Camille Henrot recebeu o Silver Lion no 55º Festival Internacional de Cinema de Veneza em 2013, o Nam June Paik Award em 2014, e o Edvard Munch Art Award em 2015.

Carla Cruz

Carla Cruz é artista visual e professora na Universidade do Minho. Desde 2007, a artista e Ângelo Ferreira de Sousa dinamizam a Associação de Amigos da Praça do Anjo, que discute o direito à cidade por parte de todes. Desde 2019 dinamiza o grupo de estudo Leituras Feministas (i2ADS) que procura táticas para despatriarcalizar e descolonizar a vida e as artes, e desde 2020 desenvolve, com Cláudia Lopes, um projeto artístico especulativo sobre temporalidades não-humanas.

Catarina Fernandes

Catarina Fernandes é natural de São Miguel, tem 36 anos. Artista transdisciplinar, licenciada em Belas-Artes e em Animação Socioeducativa. Tropeça nas artes performativas em 2008, e em 2011 no canto e na composição. Em 2012 emigrou para França. Em 2017 utiliza a videoprojeção pela primeira vez, mas é em 2022 que se apaixona pela filmagem, realização e montagem. Explora a permeabilidade das diferentes expressões artísticas e vê a intimidade e a intuição como fontes de inspiração. A premissa feminista “o pessoal é político” é seu guia.

Catarina Nogueira

Catarina Nogueira completou o primeiro ano do curso de imagem em movimento no Ar.Co. A sua prática artística e ensaística propõe uma experiência contemplativa e transcendental.

Coletivo NICHO

Coletivo NICHO (Inês Carneiro e Sara Neves)

NICHO apresenta-se como um coletivo multidisciplinar constituído por Inês Carneiro e Sara Neves em 2023, que está baseado no Porto. Este coletivo toma o corpo como matéria prima de trabalho, de forma a exponenciar toda a sua fisicalidade e possibilidades de linguagem do mesmo. Surge da urgência de enveredar por novas investigações na área da prática artística. Surge da dança e do teatro. Surge da necessidade da criação conjunta.

Doplgenger

Doplgenger é o nome de uma dupla de artistas de Belgrado, Isidora Ilić e Boško Prostran. O trabalho que desenvolvem enquanto Doplgenger aborda a relação entre arte e política, explorando os temas da imagem em movimento e as formas da sua perceção. O duo baseia-se nas tradições dos filmes experimentais e de avant-garde, e também do cinema expandido, tirando partido de algumas características destes modelos tradicionais para intervir na linguagem mediática existente. Para além do trabalho com imagem em movimento, também realizam instalações, performance, escrita, palestras e debates. O trabalho da dupla foi exibido em: Videobrasil Biennial, São Paulo; Festival International des Cinémas Différents et Expérimentaux, em Paris, EXiS – Experimental Film and Video Festival, em Seul, European Media Art Festival, em Osnabrück entre outros.

Enar de Dios Rodríguez

Enar de Dios Rodríguez é uma artista visual interessada em evidenciar as interseções entre aspetos económicos, sociopolíticos, históricos e ambientais. Utilizando uma ampla variedade de meios — como vídeo, fotografia e instalação —, os seus projetos recentes centram-se em atos de territorialização, explorando as suas origens, repercussões e as tecnologias de controlo necessárias à sua implementação. A sua prática artística assenta na investigação, com uma abordagem interdisciplinar em que a seleção de materiais visuais e textuais existentes serve de ponto de partida para uma exploração do poético e da sua aplicabilidade política. Compreendendo a arte como uma forma afetiva de produção de conhecimento, e inspirada por perspetivas feministas, pós-humanistas e decoloniais, os seus projetos visam, em última instância, sabotar criativamente o futuro imposto.

Eva Pelúcia

Eva Pelúcia, nascida em 200, iniciou seu percurso na Escola das Artes da  Universidade Católica Portuguesa, onde exerceu diversas funções. Na licenciatura em Cinema apaixonou-se por diversas áreas do mundo do audiovisual, focando-se na escrita e na realização, bem como em direção de arte e desenho de produção.

Igor Bošnjak

Igor Bošnjak vive e trabalha em Trebinje (Bósnia e Herzegovina). É artista visual e cineasta. Dedica-se à investigação interdisciplinar nos campos da história, das migrações, da vigilância, e da relação imagem / tempo enquanto referências-chave para o entendimento da sociedade contemporânea. Trabalha sobretudo nos campos dos media na arte contemporânea: imagem em movimento, vídeo, filmes de arte, animação em 3D, instalação e fotografia. 
O seu trabalho foi apresentado em: Whitechapel Gallery, Londres; Kunsthalle Wien, Viena; Istanbul Museum of Modern Art, Istambul; Chelsea College of Arts, Londres; National Center for Contemporary Art e Moscow Museum of Modern Art, Moscovo, entre outras instituições. Os seus filmes e vídeos foram exibidos em: Haus der Kulturen der Welt, Berlim; School of the Art Institute of Chicago, Chicago; Neuer Berliner Kunstverein (n.b.k.), Berlim; Ballroom Marfa, Texas e Galleria d’Arte Moderna e Contemporanea di Bergamo, Bergamo, entre outras.

Igor Simić

Igor Simić é um artista servo-americano. Completou os seus estudos na Columbia University em Nova Iorque. É cofundador e diretor criativo do Demagog Studio em Belgrado, que produz videojogos com um foco eco-crítico. Em 2022 participou na Manifesta 14. O videojogo The Cub integrou a seleção oficial da secção gaming do Tribeca Film Festival. As suas curtas-metragens e vídeos foram apresentados em: Alternative Film Video, em Belgrado; Edinburgh International Film Festival, Edimburgo; School of the Art Institute of Chicago, entre outros. Simić é representado pela Galeria Anita Beckers em Frankfurt.

Ilias El Faris

Nascido em 1990 em Agadir, Ilias El Faris estudou realização na Paris VIII. Filmou a sua primeira curta-metragem em Super 8, Azayz, que foi galardoada com o Prémio do Júri do Doclisboa 2016. Em 2017 rodou Roujoula em Casablanca, a cidade que o viu crescer. O filme foi selecionado para a competição internacional do Festival de Cinema de Clermont-Ferrand, e foi galardoado com o Grand Prix do Festival Internacional de Montpellier. Também recebeu o Prémio do Júri na categoria Guião (Cinemed), Cinema do Mediterrâneo, e os Jury and Screenplay Awards do Tangier National Festival.
Em 2018 o realizador participou na Locarno Filmmakers Academy. Em 2019 El Faris rodou em 16mm, na praia de Casablanca, o filme Sukar, que entrou em circulação em festivais e foi contemplado com dez prémios, entre estes o Prémio do Júri & France TV Prize no Festival de Cinema dos Champs Elysées. Recebeu também o Prémio Cervantes em Roma, e o Grande Prémio do Festival Dakar Court. Faz direção de fotografia. Está neste momento a desenvolver a sua primeira longa-metragem.

Inês Ventura

Inês Ventura nasceu em Oeiras em 1984. Explora a fotografia e o filme como formas de produção de conhecimento e intervenção política. Participou em exposições em: Maus Hábitos (2023), Bienal de Cerveira (2024), m i mo – Museu da Imagem em Movimento em Leiria, Casa do Comum e Saatchi Gallery (2025). Publicou Queens, Kings & Queers (2025) com o apoio da DGArtes. Realizou a curta “Contra a Maré na Guiné-Bissau’’ (2024). Frequenta o Mestrado em Antropologia - Culturas Visuais, na FCSH/NOVA (2024–2026).

Isabel Medeiros

Isabel Medeiros (Ponta Delgada, 1998) desenvolve uma prática artística multidisciplinar que transita entre a performance, o vídeo, a escultura, a instalação e a fotografia, refletindo sobre a memória, a comunicação e a presença do corpo no espaço. É mestre em Estética e Estudos Artísticos – especialização em Cinema e Fotografia (NOVA FCSH, 2023) e licenciada em Arte Multimédia – Instalação e Performance (FBAUL, 2019), com passagem pela Art Academy of Szczecin, na Polónia. Foi uma das vencedoras da primeira edição do Prémio Nova Vaga, tendo integrado a exposição Corpos Magmáticos (2024), na vaga – espaço de arte e conhecimento. O seu trabalho foi também apresentado no Museu Carlos Machado (Do tempo e das nuvens, 2024) e na Biblioteca Pública da Horta (Memórias do Vulcão, 2023), entre outros contextos. As suas peças recorrem a materiais como vidro, fungos, basalto ou gelo, num cruzamento entre arquivo e transformação. Vive entre Ponta Delgada e Lisboa, mantendo uma prática sensível à impermanência, ao gesto poético e à contaminação entre tempos e matérias.

Jane Jin Kaisen

Jane Jin Kaisen (n. 1980, Ilha de Jeju, Coreia do Sul) é artista visual, cineasta e investigadora baseada em Copenhaga. A sua prática abrange vídeo, instalação, performance e texto, combinando pesquisa interdisciplinar com uma abordagem poética e feminista. O seu trabalho lida com temas como memória, migração, espiritualidade, insularidade e reinterpretação de mitos, explorando a interseção entre experiências vividas e histórias políticas. Representou a Coreia do Sul na 58.ª Bienal de Veneza com a obra Community of Parting (2019), e tem apresentado exposições individuais em instituições como Kunsthal Charlottenborg (Copenhaga), Art Sonje Center (Seul), e The Image Centre (Toronto). Doutorada em investigação artística, estudou na Royal Danish Academy of Fine Arts, na UCLA e no Whitney Independent Study Program.

Jonathan Uliel Saldanha

Jonathan Uliel Saldanha é músico, artista visual, criador sonoro e cénico. A sua prática artística desenrola-se na interseção do som, gesto, voz, instalação, performance e vídeo, cruzando pré-linguagem, alteridade e ficção científica. Presença contínua na cena experimental portuguesa desde o final da década de 1990, Saldanha fundou o coletivo de arte sonora SOOPA em 1998 e, desde então, tem trabalhado com uma ampla variedade de grupos exploratórios e colaborações. Atualmente, lidera os projetos sonoros HHY & The Macumbas, HHY & The Kampala Unit e o coletivo de percussão Arsenal Mikebe, realizando extensas turnês pela Europa, África e além.

Laís Andrade

Laís Andrade é uma realizadora, guionista, artista visual e investigadora brasileira-portuguesa.
A sua obra, inspirada pela migração e autobiografia, inclui My Ray of Sunshine (2024), premiada na exposição MANIFEST (França), sobre a escravatura colonial, tema da sua pesquisa de doutoramento. Realizou Flor de Estufa (2021), sobre imigração ilegal, bem como Ganha Pão (2021) e Diamante (2023). Co-escreveu Como se o mundo não tivesse oeste (2024), com Mónica de Miranda e Ondjaki.

Laurent Grasso

Nasceu em França, em Mulhouse, em 1972. Vive e trabalha entre Paris e Nova-Iorque.Trabalhando na interseção de temporalidades, geografias e realidades heterogéneas, a obra de Laurent Grasso — filmes, escultura, pintura e fotografia — imerge o espectador num mundo inquietante de incerteza. O artista cria atmosferas misteriosas que desafiam os limites do que percebemos e conhecemos.O anacronismo e a hibridez desempenham um papel na sua estratégia que envolve difratar a realidade para a recompor segundo as suas próprias regras. Fascinado pela maneira como diferentes formas de poder podem afetar a consciência humana, Grasso tenta apreender, revelar e materializar o invisível — desde medos coletivos até questões políticas, passando por fenómenos eletromagnéticos ou paranormais. A sua obra revela o que está além da perceção comum e oferece-nos uma nova perspetiva sobre a história e a realidade.

LealVeileby

LealVeileby (António Leal, Lisboa, 1976, e Jesper Veileby, Karlstad, 1985) é uma dupla de artistas luso-sueca, sediada em Malmö, na Suécia. Exploram temas em torno da identidade queer e da hibridez, bem como perceções e ideias contemporâneas sobre a realidade, utilizando um enquadramento queer/mágico para reinterpretar os limites do mundo – tanto científicos como políticos, tal como ditados pela nossa forma atual de “mundificação” no mundo ocidentalizado.

Lynn Hershman Leeson

Lynn Hershman Leeson tem vindo, desde os anos 60, a trabalhar prolificamente com uma ampla gama de media para expor e intervir nas infraestruturas tecnológicas dos nossos entornos sociais. Trabalha em escultura, filme, vídeo, instalação, performance, desenho, pintura e arte digital, bem como na experimentação com  tecnologias interativas tais como o CCTV e interfaces online. 
Hershman  Leeson converte os conteúdos e a formatação dos meios de comunicação de massa para investigar questões de identidade e da vigilância, e estudar o papel das subculturas que utilizam o meio para resistir à censura e à opressão política, frequentemente com uma atitude provocatória.
A artista está desde o início da sua carreira na vanguarda da experimentação artística com tecnologias, entre as quais se contam a introdução da função touch screen nos anos 1980, o reconhecimento de voz desde o início do ano 2000 e, ao longo da primeira década deste século, a biotecnologia.

Maria Emanuel Albergaria

Maria Emanuel Albergaria, 1962, Ponta Delgada. Estudou artes, antropologia social e ciências da educação. Foi professora do Ensino Básico (1989- 2006). Colaborou no programa televisivo Ícaro e na Rua Sésamo (1990-91). Realizou “O Rapto dos Gêmeos das Cavernas” (1º Prémio Festival Nacional de Vídeo Escolar, 1997). Coordenadora do S. Educativo do Museu Carlos Machado, (2006- 11). Realizou a instalação “Uma Casa na Floresta” Ponta Delgada (2011). Integrou o SE do MUNHAC - Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa (2011-13). Coordenou a equipa, Património Cultural Imaterial, no Museu Carlos Machado, desenvolvendo projetos arte-comunidade: “Caminhos do Chá”, “Sete Cidades - Para Além da Paisagem” e “Para que o Céu Não Nos Caia em Cima da Cabeça” (2013-18). Coautora das obras: “Laudalino da Ponte Pacheco, o fotógrafo da Maia” (2021) e “Chá nos Açores, uma tarde na Gorreana”, 2023, Araucária edições. Cocuradora da exposição Laudalino da Ponte Pacheco, o fotógrafo que estava lá, MCM, 2024; Integra a equipa técnica do Plano Nacional das Artes, desde 2019.

Maria João Sousa

Maria João Sousa é cineasta natural do Porto e vive atualmente em São Miguel, nos Açores. Licenciou-se em Psicologia e mais tarde em Cinema pela Escuela Septima Ars em Madrid (2011). Utiliza a psicologia aliada ao cinema, motivada pelo comportamento e pelos contextos psicossociais, assume a necessidade de observar, informar e partilhar sensações que levam a uma intervenção através da arte. Fundadora e Diretora Artística dos Projetos da Associação Cultural - Símbolo Simbólico.

Nuno Veiga

Nuno Veiga é um artista multidisciplinar, que desenvolve trabalho que cruza teatro, dança, vídeo, música e instalação. Licenciado em Estudos Teatrais, cria projetos transdisciplinares, com circulação internacional. Colabora com instituições culturais e educativas em projetos criativos com comunidades diversas, explorando a relação entre corpo, som e imagem em contextos performativos e expositivos.

Paz Corona

Artista e Psicoanalista, Paz Corona é membro da École de la Cause Freudienne e da World Association of Psychoanalysis. Trabalha com diversos formatos, nomeadamente, pintura, fotografia, escultura e filme. Em 2015 apresentou Face to Face na Alliance Française em Deli, e na Harrington Street Arts Centre em Calcutá, Índia. Participou na exposição coletiva Le temps de l’audace et de l’engagement, apresentada no IAC em Villeurbanne e em Sèvres Outdoor no Jardin de la manufacture em Sèvres em 2016, ambas em França. Em 2017 foi objecto de uma exposição individual na galeria Les filles du calvaire, e em 2019, apresentou vários filmes numa exposição individual no Invisible Dog Art Center, em Brooklyn. Em 2021 o seu filme Santiago 1973-2019 foi contemplado com o Prémio Especial do Júri no International Short Film Festival de Clermont-Ferrand, França. E, nesse mesmo ano, o seu filme Atacama foi exibido na La Quinzaine de la Vidéo na Galerie Imane Farès, em Paris. O seu trabalho tem vindo a ser apresentado em várias feiras de arte internacionais.

Ricardo Grelha

Ricardo Grelha nasceu em 1995, na cidade de Faro. Licenciou-se em História na NOVA FCSH e, não querendo seguir o percurso académico, decidiu mudar de caminho e seguir a sua paixão pelo cinema. Terminou, no final último do ano letivo, o curso de Cinema/Imagem em Movimento no Ar.Co, em Lisboa.

Sama

Sama é o “ghost artist” de Eduardo Felipe Dutra, artista brasileiro radicado em Portugal. O seu trabalho artístico é construído como um “Atlas”, que se desdobra por dispositivos como o desenho, pintura, escrita, BD, som, objetos, videoarte e animação. O artista debruça-se sobre  o impacto da cultura de massas na sociedade, mas a partir de um ponto de vista periférico. Para além de exposições individuais, Sama participou em exposições coletivas e Bienais Internacionais.

Sandra Medeiros

Sandra Medeiros, nascida em 1996, é natural da ilha de São Miguel, Açores, tendo como formação o curso Científico Humanístico de Artes Visuais. Entre 2014 e 2023, foi distinguida com menções honrosas, integrou vários projetos, exposições coletivas e reportagens gráficas, intituladas de “As Viagens da Vida”, “Fragilidade”, “O Belo”, “Poesia Maldita”, “Senhor Santo Cristo dos Milagres - Desenhos da Festa”. Atualmente, continua a partilhar o seu quotidiano através da fotografia.

Sara Massa

Sara Massa, nasceu em São Miguel em 2002. É licenciada em Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, e o seu trabalho multidisciplinar desafia e questiona as normas sociais pré-definidas através de uma catarse meta-reflexiva, com um toque irónico e, por vezes, humorista. Recorre a vários meios experimentais como o vídeo, a fotografia e apropriação de objetos. Participou em exposições no Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas (2020), na GALERIA BRUI (2020), no Instituto Superior Técnico de Lisboa (2024) e nas GABAS-Galerias Abertas de Belas Artes (2024). As suas curtas-metragens foram exibidas no FUSO Insular (2021), no Salto Lisboa (2022), no Ciclo de Cinema Académico (2024) e no festival de curtas metragens Ciclope (2023). Atualmente faz parte de um coletivo performático, Casal a dias, onde arrastam a vida real para a prática artística (literalmente).

Soya the Cow

Soya the Cow é uma criatura drag feminista, vegana e sex-positive que dança, canta e levanta a voz pela libertação de todos os seres — humanos e não humanos. Quebrando os binarismos de género e espécie, Soya nasceu para inspirar e desafiar o status quo. Luta pelos animais e por todas as vozes silenciadas, enfrentando sistemas tóxicos de opressão com amor, liberdade e uma exigência de justiça climática.
Soya é o alter ego de Daniel Hellmann, artista suíço cuja prática interdisciplinar transita entre a performance, a música, o ativismo e a ecologia queer. Através de Soya the Cow, Hellmann desenvolveu um corpo de trabalho multifacetado que aborda criticamente o veganismo, o especismo e o feminismo, esbatendo as fronteiras entre arte e ativismo, utopia e paródia.
Desde a sua estreia na Marcha pelos Direitos dos Animais, em frente à mítica Volksbühne de Berlim, em 2018, Soya tem-se apresentado em múltiplos contextos artísticos: desde a peça de teatro Dear Human Animals (2020) e o álbum de eletro-pop Purple Grass (2021), a programas televisivos como The Voice of Germany (2021), ao projeto expositivo Planet Moo (2022), ou em performances contínuas nas redes sociais.

​​Stephanie Mónica

​​Stephanie Mónica, artista de Imagem em Movimento e Som, nasceu em Bruxelas em 1997. Vive e trabalha em Lisboa. Estudou na ZHdK - Universidade das Artes de Zurique, na Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, na Norwich University of the Arts e na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. O seu trabalho explora temas ligados à (in)comunicação. Foi distinguida com o Prémio FNAC Novos Talentos, o Prémio Arte Jovem Millennium BCP e pela Balaclava Noir. Participou em vários festivais, entre eles o Buenos Aires International Film Festival (BUEIFF)  e o Rota Fest, em Olinda, Brasil. O seu trabalho foi apresentado na Galeria PB27, Carpintarias de São Lázaro e Galeria Zaratan.

Vera Mantero

Vera Mantero é coreógrafa e intérprete. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Uruguai, Brasil, Chile, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. O seu trabalho, reconhecido nacional e internacionalmente, cruza diferentes disciplinas artísticas. Leciona regularmente composição e improvisação, em Portugal e no estrangeiro. Fundou em 1999 a estrutura O Rumo do Fumo.

Vladislav Knežević

Vladislav Knežević é artista e realizador. Iniciando-se na experimentação audiovisual, cria obras que integram vídeo, fotografia digital, micro-animação, técnicas estereoscópicas 3D, bem como sons gerados eletronicamente que têm o objetivo de gerar novas experiências de fruição de filmes e vídeos. Os seus interesses estão focados em conceitos relacionados com categorias marginalizadas da realidade, a perceção de novas imagens digitais, estéticas digitais, construções utilitárias-fantásticas e os efeitos da investigação tecnocientífica na experiência humana. Tem vindo a dedicar-se, desde 1988, ao cinema experimental e artístico. O seu trabalho foi apresentado em mais de 200 festivais e exposições, na Europa, Austrália, Japão e Brasil.

Welket Bungué

Welket Bungué é artista multidisciplinar, guineense-português nascido na Guiné-Bissau (região de Xitole) em 1988. Reside em Berlim e trabalha artisticamente ao nível global. É cofundador da produtora KUSSA. Tem uma licenciatura em Teatro no ramo de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) em Lisboa, e uma pós-graduação em Performance da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Os seus filmes foram exibidos em: Berlinale; American Black Film Festival Miami (EUA); Africlap Film Festival, Toulouse (França); Zanzibar International Film Festival (Tanzânia); Afrikamera Contemporary Cinema from Africa Film Festival (Berlim); BFI Londres (Grã-Bretanha); Sheffield DocFest (Grã-Bretanha), e no IndieLisboa e DocLisboa, ambos em Portugal.

Willian da Fonseca Júnior

Willian da Fonseca Júnior, nascido e criado em Volta Redonda, interior do estado do Rio de Janeiro. Formado em educação física pela universidade UniFoa (Brasil), poeta, órfão de pais ainda jovem, mudou-se para Lisboa em 2019, onde trabalhou em diversos lugares e em diferentes profissões. Atualmente reside em São Miguel no arquipélago dos Açores e dá aulas de futebol para crianças num centro desportivo em Rabo de Peixe.

Zé Castanheiro

Zé Castanheiro (Barrosa, 2003) tem uma prática artística multidisciplinar, quer na área da imagem quer do som. Formado como Técnico Audiovisual, após um ano a trabalhar nesta área muda-se para Berlim, onde aprimora o seu gosto pela música eletrónica e pela organização de eventos, a área na qual trabalha atualmente. Em Setembro de 2024 ingressa no ARCO e dá continuidade à sua formação em Cinema.