FUSO 2025

VERÕES QUENTES.
Nada ficou por escrever em 50 anos sobre o verão quente português de 1975.
No entanto, como muitos acontecimentos revolucionários, a Revolução dos Cravos continua a ser um objecto singular. Daqueles momentos em que, para usar a expressão de Jean-Paul Sartre – que também foi a Portugal decifrar os acontecimentos – “o prático-inerte entra em fusão”. 
À sua maneira, e dado que muitas das testemunhas diretas já faleceram, o festival FUSO aborda estes tempos quentes, esta amálgama de acontecimentos. Isto acontece num contexto em que o ‘Calor’ assumiu um novo e mortífero significado, o aquecimento global da Terra, que conduz cada vez mais a fenómenos climáticos extremos, colocando um desafio aos artistas.
A nossa relação com o mundo é permanentemente afetada por isso, e é a isso que os artistas também devem responder.

SOBRE O FUSO
Criado em 2009, o FUSO é o único festival português de videoarte, de produção nacional e internacional, com uma programação regular anual em Lisboa e nos Açores (FUSO Insular).
A programação é tão eclética quanto o são as linguagens que dão corpo à videoarte. Como medium, é sem dúvida o que tem maior flexibilidade, maior capacidade de abarcar e cruzar as disciplinas artísticas contemporâneas: as artes visuais, a performance, a dança e o teatro, o cinema ou a literatura.

A sua programação junta obras já canónicas dos primórdios da videoarte com as mais contemporâneas, contribuindo desta forma para dar uma visão mais ampla da evolução da videoarte a par dos desenvolvimentos artísticos na sociedade contemporânea ao longo dos últimos 60 anos. A própria evolução do suporte analógico para o digital implica, necessariamente, o desenvolvimento de novas linguagens e possibilidades de manipulação e expansão da imagem em movimento.

O FUSO apresenta obras selecionadas por curadores nacionais e internacionais, em programas desenhados especificamente para o festival. A notoriedade e experiência dos curadores convidados garantem a consistência e qualidade da programação, composta por obras de artistas de renome internacional em paralelo com obras de jovens artistas, quer portugueses quer estrangeiros. E, a cada ano, o festival também presta homenagem a artistas históricos.

Uma das principais vertentes do FUSO é a promoção da nova criação nacional. Todos os anos é realizado um concurso (Open Call) aberto a portugueses e a estrangeiros residentes em Portugal, com o objetivo de divulgar, distinguir e incentivar artistas emergentes.

O convívio diário dos curadores e artistas durante a semana do festival proporciona o estabelecimento de novas parcerias, gerando uma rede de conexões e colaborações. Parte também desta interação, a circulação e internacionalização dos artistas e das suas obras.

O FUSO é apresentado, a convite, em diversas cidades portuguesas e de outros países, desenhando diferentes formatos de exibição adaptados a cada local.  

É desta forma que o FUSO cumpre a sua missão de fomentar a diversidade cultural e de contribuir para a divulgação dos artistas portugueses dentro e fora do país.

Atualmente, no Arquipélago dos Açores, tem lugar o FUSO INSULAR - Mostra de Videoarte dos Açores, com sessões programadas por curadores nacionais e internacionais e um laboratório criativo para artistas locais.
O Laboratório Imagem em Movimento, programa de residência realizado durante o verão na ilha de São Miguel, tem como objetivo a criação de obras em vídeo e a reflexão sobre a imagem em movimento como expressão artística transversal a todas as práticas, cruzando linguagens do filme experimental, da performance, da fotografia e do cinema. 

Ao estimular o pensamento crítico em torno dos novos meios e promover o enriquecimento do conhecimento e divulgação da arte vídeo no panorama português, o FUSO contribui de forma significativa para a dinâmica da arte contemporânea nacional.

FUSO - festival internacional de videoarte de Lisboa é uma produção Duplacena/Horta Seca; financiado por República Portuguesa - Cultura, Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa e Institut Français du Portugal no âmbito do programa MaisFrança; com apoio da Fundação EDP/MAAT e parceria institucional da Lisboa Cultura. O FUSO está inserido no programa Festas na Rua 2025, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa e da Lisboa Cultura.

Direção
António Câmara Manuel

Direção Artística
Jean-François Chougnet

Coordenação Geral e Curatorial
Rachel Korman

Direção de Produção
Ana Calheiros

Direção Técnica
Alexandre Coelho

Comunicação e Assessoria de Imprensa
Rita Bonifácio / Paris, Texas

Design Gráfico
Ilhas Studio

Website
Maria Nery

Fotografia
Alípio Padilha

Produção
DuplaCena, Horta Seca - Associação Cultural