Este filme é uma re-imaginação das viagens marítimas realizadas durante a expansão portuguesa. O óleo de motor queimado cria imagens abstratas, e elementos simbólicos como as estrelas, velas e areia contam uma história da travessia do oceano e usurpação de terras. O mar, as paisagens sombrias dos céus noturnos, os movimentos subtis das nuvens e das ondas relatam a passagem do tempo e a expectativa crescente da chegada. “Capítulo Um: A Chegada” é uma reflexão sobre a história. Uma tentativa de compreender o desenrolar de eventos que criou momentum para que a história fosse moldada. A importância de revisitar o passado, como se pudéssemos mudá-lo, e reescrever a narrativa dos “heróis” e “conquistas” que marcaram uma época. O uso de óleo de motor preto queimado conecta a viagem aos dias de hoje. Este líquido personifica o sistema capitalista, a ganância e a exploração dos recursos naturais, e relembra-nos que o projeto colonial ainda prevalece.