Fuga, salto para um horizonte desconhecido, ascensão, resiliência.
Numa pintura animada, um corpo à escala humana encontra e escapa um obstáculo dentro de uma paisagem tempestuosa de pastosidade e movimento, feita de tinta de óleo e gestualidade, rumo a uma linha de horizonte; ação em repetição infinita. Encontramo-nos aqui com a transposição de duas barreiras, a do corpo que escapa a cerca e dobra o plano visível e a do espectador que escapa a sua realidade e, através do seu corpo e dos sentidos, esquece que a primeira barreira é na verdade a superfície de projecção que agora adentra. Como se o nosso próprio corpo se desse a esta transposição e voo de fénix, num ritual de renovação e renascimento contínuo.