Ilhas Afortunadas explora a caminhada como método ancestral de viagem crítica, que catalisa o conhecimento e o ato criativo, e ainda o conceito de insularidade enquanto desejo de imaginação, utopia, autonomia ou refúgio. (…)
Em Ilhas Afortunadas, ouve-se uma narradora em voz off — a da artista, que faz uma caminhada na cidade do Porto. Como um livro de bordo, a animação-vídeo assinala pormenores do que observa, dos locais que visita, bem como inúmeras reflexões sobre as ilhas do Porto (tipologia insalubre de casa urbana), as ilhas na Europa, o mito grego das ilhas afortunadas e do 5ª Império Português (Fernando Pessoa), as ilhas utópicas, as do turismo e as dos refugiados.